A segunda-feira era monótona em Americana, quando um portal de notícias regional – leia-se EPTV, publicou que a cidade de Nova Odessa manterá as barras de ferro instaladas irregularmente nas calçadas de comércios do município.
A instalação das barras é para evitar que a conhecida e já respeitada gangue da marcha ré aja de forma prejudicial aos comerciantes.
A gangue já speitada em toda a região, agiu em diversas cidades e graças a eles, comerciantes prendem-se cada vez mais ao medo e buscam uma cadeia particular junto ao investimento.
Os bandidos andam de carro, engatam a ré, destroem a frente da loja, roubam, engatam a primeira e correm. Um ou outro é preso. Paga a fiança e consegue sair do sistema já com a segunda engatada, cantando pneu.
A cadeia particular por sua vez ganha cada vez mais força. Alguns colocam grades em frente ao comércio, câmeras de segurança e até mesmo barras de ferros irregulares.
Não quero discutir o sistema de segurança de cada município e muito menos questionar o trabalho dos policiais. Quero falar do Estado, falar do Brasil.
Antes de discutir o que é culpa do PSDB (Estado) ou do PT (País), temos que discutir o que é culpa da liberdade. O ser – humano pouco conhece o verdadeiro sentido dessa palavra e nos dias atuais, podemos concluir que quando as grades faltam, os carros invadem e os lojistas perdem.
Vivemos em um jogo, onde o avançar economicamente significa arriscar-se perdidamente. Os dados do tabuleiro não dão a opção de tranqüilidade. Uma troca de olhares na rua, que antes era entendido como flerte, hoje pode ser chamada de ameaça.
O tabuleiro nos dá vários exemplos de ladrões, diversos tipos de bandidos e centenas de exemplos de más companhias. Há os ladrões de comida, que dizem roubar para sobreviver e culpam o sistema miserável pela precariedade. Há também os ladrões de terno e gravata, que com erros gravíssimos de concordância verbal, ironicamente, prometem altos investimentos para educação.
No quesito bandido, já enquadro também às más companhias. A nossa sombra está aprendendo o jogo da traição. A mentira está empatada com a verdade e nossa mente está cada vez mais confusa, não sabendo em quem acreditar.
O sorriso e o abraço do homem da lei compra a verdade do homem do povo, o povo ignora a sabedoria e opta pela facilidade da ignorância.
O filósofo iluminista, Jean Jacques Rousseau, afirmou, em sua sabedoria que “a liberdade é algo que pode ser conquistada, mas nunca recuperada”. Trazendo esta frase, remeto ao passado, quando meus pais tinham medo que eu aceitasse doces ou brinquedos de estranhos, que poderiam me seqüestrar. Em meados de 97, as brincadeiras na saudosa rua Tupiniquins eram inocentes. Eu e alguns meninos corríamos contra o vento, nos escondíamos atrás de caminhões e gritávamos como crianças descobrindo a legitima graça de brincar na rua.
Nossa liberdade era extremamente vigiada pelos moradores, que conversavam no portão. O homem do saco preto nunca me pegou, mas muito me amedrontou. Ao contrário da loira do banheiro ele era real e hoje, já posso chamá-lo surreal.
O seu saco foi trocado por carros de última geração, por armas de fogo e erotismo. Ele não rouba criança, ele molesta, ele mata, ele vende órgãos e chantageia.
Ele é a prova viva de que a liberdade foi corrompida antes mesmo de ser conquistada e que jamais será recuperada. Se antes, dona Maria temia que eu, sua filha, aceitasse uma bala do temido estranho, hoje ela teme que sua neta receba um olhar diferente e ameaçador.
Os tempos estão mudando, as grades em estão em volta ao ser humano. A legítima prisão está do lado de fora e seja com a tal da gangue da marcha ré ou com o homem do saco preto, a vida está se tornando uma prisão materialista, onde o poder, seja ele capitalista ou comunista, tem plena chance de vencer e rouba a pequena esperança de liberdade que existe entre os povos.
A instalação das barras é para evitar que a conhecida e já respeitada gangue da marcha ré aja de forma prejudicial aos comerciantes.
A gangue já speitada em toda a região, agiu em diversas cidades e graças a eles, comerciantes prendem-se cada vez mais ao medo e buscam uma cadeia particular junto ao investimento.
Os bandidos andam de carro, engatam a ré, destroem a frente da loja, roubam, engatam a primeira e correm. Um ou outro é preso. Paga a fiança e consegue sair do sistema já com a segunda engatada, cantando pneu.
A cadeia particular por sua vez ganha cada vez mais força. Alguns colocam grades em frente ao comércio, câmeras de segurança e até mesmo barras de ferros irregulares.
Não quero discutir o sistema de segurança de cada município e muito menos questionar o trabalho dos policiais. Quero falar do Estado, falar do Brasil.
Antes de discutir o que é culpa do PSDB (Estado) ou do PT (País), temos que discutir o que é culpa da liberdade. O ser – humano pouco conhece o verdadeiro sentido dessa palavra e nos dias atuais, podemos concluir que quando as grades faltam, os carros invadem e os lojistas perdem.
Vivemos em um jogo, onde o avançar economicamente significa arriscar-se perdidamente. Os dados do tabuleiro não dão a opção de tranqüilidade. Uma troca de olhares na rua, que antes era entendido como flerte, hoje pode ser chamada de ameaça.
O tabuleiro nos dá vários exemplos de ladrões, diversos tipos de bandidos e centenas de exemplos de más companhias. Há os ladrões de comida, que dizem roubar para sobreviver e culpam o sistema miserável pela precariedade. Há também os ladrões de terno e gravata, que com erros gravíssimos de concordância verbal, ironicamente, prometem altos investimentos para educação.
No quesito bandido, já enquadro também às más companhias. A nossa sombra está aprendendo o jogo da traição. A mentira está empatada com a verdade e nossa mente está cada vez mais confusa, não sabendo em quem acreditar.
O sorriso e o abraço do homem da lei compra a verdade do homem do povo, o povo ignora a sabedoria e opta pela facilidade da ignorância.
O filósofo iluminista, Jean Jacques Rousseau, afirmou, em sua sabedoria que “a liberdade é algo que pode ser conquistada, mas nunca recuperada”. Trazendo esta frase, remeto ao passado, quando meus pais tinham medo que eu aceitasse doces ou brinquedos de estranhos, que poderiam me seqüestrar. Em meados de 97, as brincadeiras na saudosa rua Tupiniquins eram inocentes. Eu e alguns meninos corríamos contra o vento, nos escondíamos atrás de caminhões e gritávamos como crianças descobrindo a legitima graça de brincar na rua.
Nossa liberdade era extremamente vigiada pelos moradores, que conversavam no portão. O homem do saco preto nunca me pegou, mas muito me amedrontou. Ao contrário da loira do banheiro ele era real e hoje, já posso chamá-lo surreal.
O seu saco foi trocado por carros de última geração, por armas de fogo e erotismo. Ele não rouba criança, ele molesta, ele mata, ele vende órgãos e chantageia.
Ele é a prova viva de que a liberdade foi corrompida antes mesmo de ser conquistada e que jamais será recuperada. Se antes, dona Maria temia que eu, sua filha, aceitasse uma bala do temido estranho, hoje ela teme que sua neta receba um olhar diferente e ameaçador.
Os tempos estão mudando, as grades em estão em volta ao ser humano. A legítima prisão está do lado de fora e seja com a tal da gangue da marcha ré ou com o homem do saco preto, a vida está se tornando uma prisão materialista, onde o poder, seja ele capitalista ou comunista, tem plena chance de vencer e rouba a pequena esperança de liberdade que existe entre os povos.
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