sexta-feira, 27 de agosto de 2010

   Tarde meus amigos. Sabi aquele perto nu peito qui da di sardade? Intão, parece qui aqui no trabaio vai te!
Hoje é dispidida da Lininha, minina maior sapequinha. Ela vai trabaia num lugá ondi tem mais denheiro e a cumida é viva. Viva eu falo, não pelos frango que corre e pula na nossa boca mas sim pruquê num é do mortinho – o restar-rante sem sabor.
   Mai tudo bem, si é bom pra ela, quem so eu pra num concorda. Mai como hominagem pra trabaiadora vai aqui um pueminha. Eu memo que fiz. As rima aprendi com minha tia e as palavra bunita sairo di dentro do cérebro da carpira!



Linha, a minina sapequina


É mintira qui as nuvem são di godão
Mas mintira num é que sua amizade m
mora nu meu coração

Durante as tarde, qui presta nóis num fala nada
As boca si mexe so pra da risada
Mais é tão legal ri cum voce e as minina
Pruque voceis já faiz parti da minha vida

Num vo chora pra dize tchau pruque
Pra sempre vo ti vê
Tenho sua imagem guardada dentro da câmera
A câmera num é qui nois trabaia i nem di TV
Mais sim dus meus zoinho
Qui filmaram pra sempre seu sorriso!

Gradeço pela cumpania e espero e abraça outro dia
Depois de uns anus seremos tudo formada.
Vanessinha veterinária pra cuida dus leite da boiada
Oce e Mayara fessora xique que fala tar de bilíngüe
Eu e Veiga jornalista sem dinheiro, comendo pão com aveia
Alana da presidência na facurdade defendendo patrão
E tudo as outras cheia do sucesso, passando longe do mensalao.

Só pra caba logo cum as palavras, quero repiti di novo
Qui oce que vai e tudo oceis que fica já ganharam casa
Bem bunita dentro du meu coração!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Tempestade de Alpiste





Incerteza? Lágrimas? Decisão?!?! Fuga?Vida!



   Agonia de estar entre o pranto e a mentira. Certeza da fuga não vale à pena quando se descobre a triste realidade sobre a mentira.
   Talvez hibernar até o próximo verão seja a solução, mas que solução drástica é essa que ainda faz bater meu coração? Será que existe outro alivio fora lágrimas? Talvez meu canto, doce canto pica pau sem bico alivie essa tempestade de alpiste que atrapalha minha visão ao futuro.
   Futuro insólito; quero plural para decisões. Talvez coragem para ganhar outros corações, mas apenas um sorriso para ter certeza que valeu a pena ter vivido todos esses dias lagrimejados por tempestade de alpiste...

domingo, 15 de agosto de 2010

Muito prazer

Muito prazer





   Sou palhaça de nariz vermelho. Tenho em minhas mãos o dom da magia. Tiro da cartola truque do riso e assopro com prazer sementes de alegria
   Minha face é pintada, mas meu rosto não é mascarado. Falo com olhar, ouço com o desejo e guio-me pelo simples fato de saber amar.
   Amo porque existo. Existo porque amo. Falo porque quero e consigo porque tento. Sou filha da vida e dona do momento. Escrava da poesia e eterna guardiã das estradas que contém semente de alegria plantada.



domingo, 8 de agosto de 2010

O diário de Duke

O diário de Duke

1º parte.



Relatos de uma vida de cão





   Querido diário, hoje foi um dia muito especial. Acordei, espreguicei e tentei comer alguma coisa, mas como espreguiçar cansa muito resolvi voltar a dormir.
   Acordei novamente e antes que me aborrecesse com algum ato cansativo resolvi tomar café da manhã. Tinha gente sentada à mesa; então solicitou um pedaço de pão. Olhei uma vez e nada. Outra, porém ninguém se tocou.
   Apelei ao barulho e com um som nada agradável solicitei a atenção de todos. Quando me olharam não perdi tempo. Lacrimejei os olhos, ergui as sobrancelhas e passei a língua entre os lábios. PIMBA, ganhei um pedaço.
   O pão tinha manteiga e estava molhado com leite. Muito bom pena que era pouco. Apelei novamente, dessa vez com outra pessoa. Olhei, olhei. Ela se comoveu, mas... jogou o pão em sua enorme boca e quando não estava comendo mais nada resolveu me fazer carinho (DROGA).
   Sem chances de um novo pedaço de pão apelei à ração. Estava um pouco dura porém saborosa. Cansado pelo trabalho de pidão resolvi dormir, mas antes que deitasse ouvi ruídos. Corri, soltei a voz o quanto pude e de repente ouvi, de longe um elogio, “Que fofinho”. Era uma senhora estranha. Usava saia florida, tinha cabelos brancos e falava caipira. Me irritou de tal maneira com o “fofinho” que resolvi abocanhá-la.
   Minha família correu socorrê-la, mas ninguém se importou comigo. Posso traumatizar se todos me chamarem de fofinho. Não sou guloso, apenas como 5 kg de ração ao mês, imploro por comida e amo doces, mas enfim, ninguém me compreende.
   Cansado, com aquela senhora ainda reclamando na minha casa, fui deitar. No momento em que fechei os olhos ouvi: “BEBE CADE VOCÊ?”. Bebê de novo não. Pensa que mico, você com 7 anos, latido perfeito, ser chamado de “Bebê”. Mas enfim, ergui as orelhas, saltei meus cansados olhos, preparei o rabo e corri em direção aquela voz. Era uma das minhas donas. Ela é gulosa, mas adoro esse defeito, porque repartes doces comigo. Fora isso me leva, de vez em quando, andar na avenida.
   A tarde foi-se passando. Estou exausto e agora vou dormir. A cama da minha dona me espera. Como ela vai assistir TV ofereço minha doce companhia e assim que o programa acaba sou jogado do lado de fora como um simples cão de guarda....

 
 
 
 
Foto tirada em meu sono de beleza!