domingo, 25 de março de 2012

Nunca acredite em um cobrador de ônibus.


Isso aliena mesmo!
(Peripécias da Mari)

Domingo,25 de março, às 6 da manhã o celular despertou. Levantei. Tomei café. Me aprontei e fui para o ponto (de ônibus). Fretado para Campinas chegou às 07. Passamos por Nova Odessa e Sumaré e em questão de 50 min chegamos a cidade cenário desta história.
8h perguntei à tia do EMDEC qual o melhor onibus para chegar no local desejado, e ela respondeu:
“Olha, você ali e pega o onibus”.
Sim, ajudou muito esta informação completa, mas por questão de segurança resolvi questionar:
“Ali onde?”
A vá, né?

“Vamos moça, que eu te mostro” – repateu com toooooooooooooda vontade do mundo.
“É ali, você sai, vira a esquerda, ao lado do semáforo e espero pelo ônibus X” – afirmou
“Ok – obrigada. Bom dia pra senhora viu?” – insisti na educação
“Hunf” –  Resposta mais deseja em um domingo de manhã, que ela me deu.
Estou eu no ponto. Entre gente, sai gente e nada do ônibus X. Passa otempo, 10 min, 20, 30, 1 hora lá e nada. 1 hora e 10 ele chegou. Melhor confirmar né?
“Bom dia cobrador, esse onibus passa no lugar tal, né?” – perguntei
“Opa, passa sim” – respondeu, todo animado
“O senhor me avisa quando tiver chegando, eu não conheço muito bem aqui”
“Moça, me lembra”
“Ok, sento perto do senhor”
O tempo passou mais um pouco. Troquei moedinhas para ele. Conversamos sobre o tempo e quando vejo: Pista errada. Tudo bem, pode ser que tenha algum lugar impedido, ele garantiu que passa no local desejado, mas de repente, tudo mudou. Uma placa à vista: JAGUARIUNA.
Assutei, mas melhor não questionar quando parece já ser tarde. Vi a Maria Fumaça, o pessoal entrando na igreja e a RODIVIÁRIA.
“Moço, acho que o sr me deu informação errada, estamos em Jaguariuna” – cometei
“Ptz é verdade, esqueci de te avisar” – relatou (a vá)
“Como eu poso fazer? Desço aqui ou posso voltar com vocês”? – questionei com cara de piedade
“Volta com a gente”
O tempo passa. O cara da em cima de mim. Me chama para conhecer a cachoeira três corações com ele. Menti dizendo que namoro. Questiona se eu gosto do meu namorado, digo que sim. Ele perde o celular. Outros passageiros entram. A pista esta de volta e de repente Campinas de novo.
“Cobrador, por favor, não esqueça de me avisar o ponto certo” – insisti
“Ok, fique tranquila”.
O tempo passa, passa muito e ele com cara de dúvida. Resolvi testar Murphy e ver se ele realmente estava comigo:
“Cara, você sabe o que esta me dizendo. Sabe onde estamos? Onde eu tenho que dizer? Estou mesmo no onibus certo?”
“Não, não sei” – respondeu na cara de pau.
“Porque você não disse antes, eu descia em outro lugar. Em Campinas eu me viro”. – indaguei.
“Sai perguntando para o pessoa ai, veja se eles não conhecem o caminho que você quer. Mas você é tão bacana, me passa seu telefone, deixa eu te ligar” – respondeu
(Pensamento já estava em só uma sigla F.D.P)
“Não, vou esperar e desço no centro” – respondi
Mas, como em todos os lugar existem Anjos, eis que apareceu. Uma moça loira, de óculos de sol e roupa branca. Tive a impressão, que ao passar a roleta e ela me olhou. Na verdade era impossivel não olhar para mim, pois com o onibus quase vazio, eu estava em  pé, com o bumbum doendo de tanto viajar. Mas, antes que ela passasse, questionei,
“Moça, como eu faço para chegar no local x”?
“A, estou indo para lá agora” – iluminadamente respondeu
“Jura? Se importa se eu te seguir?”
“Magina, vamos lá, mas você terá que pegar outro onibus”.
Descemos e o cobrador gritou:
“Não vai passar seu telefone?”
Paciencia tem limite, então eu disse:
“Como você quer me ligar, se não sabe ao menos onde esta?”
Todos riram, inclusive eu.
Chegamos no ponto certo. Ai descobri, pegueio onibus verde, com a numeração certa. Mas o correto era subir no vermelho e ao contrário do que a tia de “bom humor” me disse pela manhã, o ponto não era ali, era na próxima esquerda.
Tudo deu certo. Cheguei as 11h30min em um compromisso que era para ter chego às 9. Serei zuada eternamente pela minha familia, amigos e agora leitores deste post.

Após as entrevista, consegui uma (SANTA) carona para rodoviária. No guichê  a moça disse:
“O onibus sai em 6, agora 5 min.”
Sim, eu corri. O motorista estava tão bem humorado que quase não deixa eu entrar, mas cheguei sã e salva.
Portando,cuidado, o cobrador pode querer que você entre no ônibus apenas para te sacanear.
Talvez tenham me achado com cara de palhaça ;)

Nenhum comentário:

Postar um comentário